17 julho, 2008

antonina: uma outra dimensão


o time da tv comunicação em antonina. em pé: cioffão, pervaneli e amandaudi. embaixo: ivanzorde, pupolixus, skruaabah e pitão da ponta

O Festival acabou oficialmente no último sábado – mas só oficialmente. Pode parecer piegas, mas essa edição de 2008 vai ficar guardadinha num cantinho bem especial da memória de todo mundo que foi pra Antonina. Talvez tenha sido pela equipe que estava lá, talvez por ter sido novidade para mim, talvez pelos shows, talvez pela comida boa, talvez até pela Nenega musa, não sei exatamente o motivo, mas foi tudo maravilhoso.

Fui pela TV Comunicação. Nós nos matávamos todos os dias para fechar um jornal e exibir no telão, antes do show principal. Toda a equipe estava extremamente unida, nem parecia trabalho. E olha que a gente acordava bem cedinho, trabalhava sem parar até a noite (quer dizer, só parava para almoçar, com nossos vales que miraculosamente rendiam horrores em comida), corríamos para fechar o jornal a tempo (e o mais difícil: convencer o Pacheco a esperar o nosso CD ficar pronto para exibi-lo antes de começar o show). Era um corre-corre danado pra lá e pra cá, até cheguei a sonhar uma noite que minhas pernas estavam tão musculosas que não entravam mais nas calças. Pode parecer que uma rotina dessas era estressante, mas não, muito pelo contrário. A gente se divertia o tempo todo, durante as filmagens, pensando em passagens criativas, passeando pela cidade, no trapiche, nos restaurantes, bebendo Fontana (só depois do expediente), no sindiqueijo (apelido carinhoso para o nosso QG), no hotel, enfim... em qualquer lugar e em qualquer momento.

Criamos uma musiquinha lá que resume bem o cotidiano da TV Comunicação:

Bebe um pouquinho

Passeia um pouquinho

Fala ‘Calma, Pacheco!’

Sobe a escadinha

Desce a escadinha

Fala no rádio ‘Calma, Pacheco!’

Vê o Ivan editar um pouquinho

Vê o Ivan sair correndo um pouquinho

Filma pra caramba

Come pra caramba

Na verdade, eram muitas musiquinhas. Tem o clássico funk (“Susse, Susse, Susse like a mousse!”) e o nosso rap technera da Nenega (“Negra mulher, que vende barreado / Faz muito bom, e ganha um trocado / Não é mais menina, mas mora em Antonina / É a lenda do Festival, mais famosa que o Sandoval”). Bom, nessa última letra tem um verso perdido, só sabe quem estava lá.

Havia falado pra meio mundo que iria chegar em casa e escrever para o Blog. Não consegui de cara e hoje, alguns dias depois de voltar, ainda não sei muito bem como descrever aquela experiência. Afinal, a gente se divertia muito, mas não era só festa. Aprendi muito sobre telejornalismo em apenas uma semana, talvez até mais do que em todo o semestre em que fiz a disciplina. Foi jornalismo na prática, com deadlines apertados, pautas caindo, pautas surgindo, conheci muita gente bacana e idéias interessantes. Outra vez serei piegas: foi um ganho de vida.

Falei só da TV, mas todos os outros veículos foram extremamente bons. O Caranguejo e o Caranguejinho não deixaram nada a desejar em termos de jornalismo impresso. A Rádio Caranguejinho também estava ótima. Dou os meus parabéns sinceros a todo mundo que participou dessas oficinas – eu realmente me surpreendi com a qualidade do resultado.

É difícil falar de uma coisa tão ampla sem resumir, então esse foi o meu singelo resuminho do Festival desse ano. Para quem não foi, não perca o do próximo ano. É sério. E pra quem foi, nos vemos lá de novo ano que vem.


*texto originalmente publicado no Blog da Redação.

Nenhum comentário: