19 julho, 2008

ontem fiz duas das minhas coisas mais preferidas do mundo.

fui de bicicleta até o final de marília, num dos pontos mais altos, bem no finalzinho da tarde. lá de cima dá para ver a cidade quase inteira e o mais belo pôr do sol no horizonte da estrada. pude ver o céu quase translúcido transfigurar-se em amarelo, laranjado forte, vermelho; depois se cansou e virou lilás e azul petróleo. assisti ao nascer da lua, às primeiras luzes da cidade se acendendo e até pude rever a estrela que tem o meu nome, aquela que brilha forte com todas as cores e fica do lado mais sul do céu assim que a noite cai.

vi o terreno baldio que a gente costumava explorar às pedaladas. ainda está lá aquela árvore solitária, em meio ao nada, que não faz mais nada a não ser assistir ao despertar e adormecer da cidade à seus pés dia pós dia.

desci as duas ramponas sem botar um dedo no freio. fui cambaleando pelos buracos, desviando dos galhos mais baixos, sentindo o vento na cara. vi o laguinho laranjado com a luz do entardecer, com seus gansos barulhentos correndo pra lá e pra cá. mais tarde vi ele de novo, só que diferente, negro, com um grande ponto brilhante reflentindo em sua metade, os patinhos recolhidos embaixo duma árvore, os casais de namorados sentados na grama e tentando se proteger do friozinho mariliense.

lá de cima do mundo, me senti feliz como nunca. compreendi muitas coisas, pude perceber como tudo quase sempre é muito simples. queria em eternizar aquele momento, mas não sabia como... minha solução foi escrever aqui. não significa nada para mais ninguém, mas vai ficar sempre guardadinho nos arquivos do meu bloguinho, para quando eu quiser reler e sentir de novo aquele vento cortando meu rosto em meio àquela luz laranjada. deu saudades de você, fábia.
________________________________

a segunda coisa preferida foi ir ao cinema com meu irmão, com milhões de guloseimas escondidas na bolsa (e na blusa), e assistir ao filme novo do batman. massa, hein.

Um comentário: